domingo, 26 de julho de 2009

A importância da devoção mariana para as vocações.


Explica o Cardeal Lajolo durante a sua visita á Ucrânia

KIEV, quarta-feira 22 de Julho de 2009. O encontro contínuo com Maria “ajuda-nos a descobrir o nosso destino pessoal e o sentido da história à luz de Cristo”, afirmou o presidente da Pontifícia Comissão para a Cidade do Vaticano, o Cardeal Giovanni Lajolo.
O Cardeal destacou a importância da devoção mariana, especialmente para as vocações, depois da procissão mariana celebrada em Zarvanytsia (Ucrânia) Sábado, vigília da festa da Bem-aventurada Virgem Maria padroeira dos ucranianos.
Este acto aconteceu na visita realizada a este país báltico que decorreu de 17 a 21 de Julho, convidado pela Igreja local, segundo informa Observatório Romano na sua edição diária em língua italiana de Quarta-feira.
“Maria ensina-nos a ter fé em Jesus, e Ele ensina-nos a compreender-nos a nós mesmos, a discernir a nossa vocação, a abrir-nos aos projectos de Deus para o futuro”.
O Cardeal Lajolo indicou que “contemplando o rosto de Maria, descobrimos o verdadeiro rosto de Deus, a sua beleza, a sua bondade e a sua misericórdia”.
Acrescentou, “contemplando o rosto de Maria, ficamos iluminados pela luz divina que também transforma o nosso rosto”.
Para o Cardeal, “recorrendo à intercessão de Maria e escutando a sua voz, renovamos a fidelidade à nossa vocação e recebemos a graça de revelar aos corações das novas gerações a beleza da vocação ao sacerdócio e à vida consagrada”.
Além de Zarvanytsia, o Cardeal Lajolo visitou Lviv, Ternopil, Berdychiv e Kiev, descrevendo a sua visita a este pais como “uma viagem para se sentir parte da Igreja na Ucrânia”.
Esta visita foi significativa por muitas razões.
Foi uma ocasião “para testemunhar a unidade da Igreja” perante um mundo que, marcado por “tanto indiferença, e por vezes tanta hostilidade visível ou oculta”, mostra necessitar de uma grande unidade, destacou.
Foi também ocasião para reafirmar “o espírito de comunhão fraterna que reina na Igreja, que é um só coração e uma só alma em Cristo”.

No Sábado, o Cardeal celebrou a eucaristia na Catedral latina de Lviv, e no Domingo, no santuário de Berdychiv, junto de centenas de fiéis.
Este santuário tem uma história singular: durante muitos anos do século passado, o edifício foi transformado em Museu do ateísmo, como sinal de ódio à fé.
Ao recuperar o antigo sentido, adquiriu um grande sentido simbólico para a história da Ucrânia e de toda a Europa.
Passou a ser um lugar exemplar para demosntar a falsidade da religião ao converter-se de novo num frequentadíssimo lugar de devoção mariana.
A imagem de Nossa Senhora não foi destruída porque os responsáveis do museu pensaram ter um grande valor histórico.
Na verdade, trata-se de uma réplica da imagem de Maria, Saúde do Povo Romano, venerada na Basílica papal de Santa Maria Maior de Roma.
“Neste lugar usado contra Deus, embora na verdade, também contra o homem, deixem-me dizer que, pior que negar a Deus é esquecer-se de Deus, viver como se não estivesse no nosso meio”, disse o Cardeal.
Destacou que “o esquecimento de Deus é o grande perigo da cultura do Ocidente”.
O Cardeal pediu: “Não esqueçais a Deus, nunca. Deus é luz, Ele dá à nossa vida o seu dignificado último, quem crê em Deus, e confia n´Ele, não ficara decepcionado”.
“Ninguém pode dizer que ama a Deus se não ama o homem, imagem de Deus, acrescentou. Por isso, a verdadeira religião leva-nos interiormente para a paz”.
Dirigindo-se aos jovens presentes, indicou-lhes Maria como caminho para “transformar em novos santuários os numerosos museus do ateísmo esparzidos pela terra”.
Disse-lhes: “Em Maria vemos o amor de Deus por nós com toda a força, mas também com toda a sua ternura, que sempre tem a sua origem em Jesus”.

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